Descobrindo a Trilha Marins Itaguaré
O Início da Jornada
A aventura começa antes mesmo do início da trilha. Para chegar à entrada do parque na cidade de Piquete-SP, é necessário enfrentar uma estrada de terra bem desafiadora. Fora que o GPS o manda para uma subida impossível para carros de passeios comuns.
Para fazer o caminho menos pior para a Base dos Marins e início da trilha o mais indicado é seguir para a cidade de Piquete-SP e pegar a Rodovia Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Ignore o GPS para entrar na R. Me. Maria Mazarelo a não ser que tenha um 4x4. Caso não tenha, continue pela rodovia até passar a fronteira do estado.
Já no perímetro urbano da cidade de Delfim Moreira, saia da Rodovia na rotatória pegando a estrada AMG-1915 (desculpe não consegui achar o nome dessa estrada). A rotatória fica bem depois da Padaria Beira Rio.
Na estrada AMG-1915 siga por 1,8km e pegue a entrada para Estrada Pico dos Marins. Aí é só sofrer seguir 14 km de estrada de terra até o Refúgio dos Marins.
Trilha para o Pico dos Marins
Início da Trilha
A trilha se inicia no Refúgio dos Marins, onde é possível encontrar um restaurante rústico, uma pequena mercearia com algumas coisas básicas, banheiro, água e estacionamento gratuito.
OBS: Atenção ao estacionamento, pois é feriados e sábados é comum não encontrar muitas vagas disponíveis.
A trilha em si tem início seguindo para o lado oposto ao da entrada do refúgio e é uma caminhada relativamente tranquila por alguns quilômetros de vegetação bem fechada, típica da mata atlântica.
A trilha
A trilha aos poucos vai tendo seu nível de dificuldade aumentada conforme você ganha altitude.
A primeira parada é o mirante do Morro do Careca, onde é possível ter uma visão panorâmica do lado Paulista da Serra da Mantiqueira.
Após passar pelo Morro do Careca a trilha perde a vegetação mais densa e passa a ter mais presença de vegetação de altitude, com plantas mais rasteiras e baixas.
Escalaminhada para o Pico dos Marins
Após o Morro do Careca, além da vegetação, o nível de dificuldade também muda bastante e a trilha se torna uma escalaminhada mais técnica. A Canaleta do Rampão ou também chamada de pedra partida (foto acima) é um exemplo das subidas que enfrentamos.
Logo depois desse ponto, a trilha dá uma guinada para a esquerda acompanhando o paredão. É um ponto onde o capim cresce e, apesar de bastante alto, as trilhas acabam ficando bem marcadas pelo passar dos montanhistas.
A partir desse trecho a trilha fica mais puxada e muito cansativa, pois é muita escalaminhada e subida sem parar até a chegada do primeiro camping.
No primeiro acampamento a trilha fica muito menos acidentada e é possível ter uma vista incrível do pico.
Esse é geralmente o acampamento escolhido para quem vai fazer a travessia, visto que dá acesso à trilha que leva ao pico do Itaguaré.
No primeiro acampamento também há uma fonte de água, porém não é uma água que recomendo que tome sem tratamento. Se quiser se abastecer leve filtro e clorim.
Outro ponto que vale destacar, é o vento. Todas as vezes que fui ao pico o vento estava extremamente forte, então recomendo fortemente que procure por um ponto de capim alto para armar a barraca, pois o capim protege bastante do vento.
Ataque ao Pico dos Marins
O ataque ao pico exige mais uma caminhada que varia de 30 minutos a 1 hora dependendo do peso que leva e do seu nível de cansaço.
Depois de uma pequena subida você já irá encontrar o segundo acampamento. Seguindo em frente, terá que enfrentar mais uma escalaminhada até o pico.
Apesar de ter alguns pontos mais difíceis, essas subidas “mão na pedra” são mais tranquilas que da trilha até o primeiro acampamento.
Após sofrer andar muito você finalmente chegará ao pico, onde há um livro para assinar e uma vista panorâmica lindíssima.
Do pico é possível contemplar tanto o lado Paulista quanto Mineiro da Serra da Mantiqueira e você poderá ser presenteado com um mar de nuvens ou um por/nascer do sol incríveis.
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